Os “afazeres de casa” é trabalho invisível para a sociedade. Essa invisibilidade do trabalho doméstico é uma realidade que compromete a vida das mulheres como todo, inclusive desde sua infância e adolescência.
No Brasil, a pesquisa Trabalho Infantil e Trabalho Doméstico lançada em março de 2016, pelo Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil – FNPETI, revela que 213 mil crianças brasileiras estavam envolvidas com trabalho doméstico, sendo um montante de 94% são meninas.
Se considerarmos a questão racial esse número é de 70,4%. Outro levantamento realizado pela PLAN Brasil intitulado Por Ser Menina no Brasil – Crescendo entre Direitos e Violências aponta a notoriedade do trabalho doméstico infantil ser, majoritariamente, exercido pelo sexo feminino, simplesmente, pelo fato de serem meninas.
O patriarcado, o colonialismo e o machismo vão mais fundo e não perdoa essa mesma “menina” na sua fase adulta. Todo o trabalho doméstico e de cuidado exercidos na infância se configura no destino de “dona de casa”, obtendo jornadas de trabalho intensas e sobrecarregadas.
Mesmo aquelas que chegam a trabalhar também fora de casa ainda são consideradas as únicas responsáveis pelos trabalhos domésticos. Fato que atribui as duplas e triplas jornadas de trabalho, limitando o desenvolvimento intelectual e o seu Bem–Viver.
Este vídeo animação produzido pelo CRIAR Brasil traz o debate da urgência e a necessidade de dividir as responsabilidades no âmbito da casa e familiar.
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