Pela Vida de Todas Elas

Pesquisa sobre
Violência Doméstica

A violência doméstica atinge todas as mulheres, independente de classe, idade, raça, entre outros marcadores. No entanto, as mulheres com deficiência acabam ficando mais expostas, correndo maiores riscos, seja pela dificuldade de obter informações, dificuldades em denunciar …

A violência doméstica alcança mulheres sem distinção, mas sabemos que algumas estão mais expostas que outras. Mulheres com deficiência estão nesse grupo de maior exposição, seja pela dificuldade de obter informações, de denunciar, além de questões impostas pelo próprio corpo, que podem ser de ordem física, sensorial, comunicacional, intelectual. O Fundo de População das Nações Unidas aponta que elas têm três vezes mais chances de sofrer violência. Por isso, percebendo a urgência deste tema, o Criar Brasil, que há 27 anos vem trabalhando ativamente com temas relacionados à defesa de Direitos Humanos na criação de conteúdo e comunicação, com a Fundação Heinrich Böll Stiftung, buscou com a assessoria do Coletivo Feminista Helen Keller conhecer estas mulheres e, através de suas respostas, propor uma comunicação que alcance todas, dentro de suas especificidades.

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Violência contra Mulher com Deficiência

Violência contra mulher com deficiência

Mulheres com deficiência estão três vezes mais vulneráveis à violência doméstica, de acordo com o Fundo das Nações Unidas. Isso ocorre pela dificuldade de obter informações, dificuldades em denunciar, além das questões impostas pelo próprio corpo que podem ser de ordem física, sensorial, comunicacional, intelectual.

Nunca acreditaram em mim

Nunca acreditaram em mim

Mulheres com deficiência enfrentam muitas dificuldades para denunciar violência doméstica. Na maioria das vezes, a proximidade com os agressores e a falta de autonomia de algumas pessoas deste grupo são fatores impeditivos. Especialistas dizem que subnotificação em relação ao tema e que, para cada boletim de ocorrência registrado, há 4 ou 6 casos não registrados. Além disso, pessoas com deficiência historicamente lidam com baixo acesso ao mercado de trabalho e à educação. Como é sabido, o fator financeiro tem um grande peso na balança quando se trata de violência intrafamiliar e de gênero, ou seja, esse se torna mais um obstáculo para que mulheres possam fazer as denúncias, além do descrédito e das atitudes capacitistas que também precisam enfrentar.

Saiba mais sobre violência doméstica contra mulheres surdas

Saiba mais sobre violência doméstica contra mulheres surdas

Quando se fala sobre violência doméstica, a primeira palavra que vem à cabeça é “denúncia”. É esperado, quase que cobrado, que a mulher que está na situação de violência denuncie o agressor em uma delegacia, para o Ligue 180, ou em outros locais da rede de proteção à mulher. Porém, a realidade que muitas mulheres surdas enfrentam impede totalmente a possibilidade de uma denúncia. Faltam intérpretes de Libras, aplicativos pelos quais se possa pedir ajuda e uma série de ausências do Estado.

O que falta na política de proteção das mulheres com deficiência?

O que falta na política de proteção às mulheres com deficiência?

A pesquisa do Projeto Pela Vida de Todas Elas apurou também quais eram os principais problemas no que dizia respeito à proteção das mulheres com deficiência. Confira nesse vídeo o que é preciso mudar para que o panorama da violência doméstica no Brasil seja modificado.

Mulheres com deficiência correm três vezes mais risco de sofrer violência doméstica

Mulheres com deficiência correm três vezes mais risco de sofrer violência doméstica

A pesquisa Violência doméstica contra mulheres com deficiência, realizada no projeto Pela Vida de Todas Elas, mostrou que 72% das respondentes já sofreram algum tipo de violência. A pesquisa foi respondida por mulheres de todo o país.

Podcast Pela Vida de Todas Elas Episódio 1

Podcast Pela Vida de Todas Elas Episódio 2

Podcast Pela Vida de Todas Elas Episódio 3

Podcast Pela Vida de Todas Elas Episódio 4