Este Manual Prático para Segurança de Comunicadoras/es Comunitárias/os nasce num contexto de muitos, novos e diversificados ataques ao jornalismo: desde perseguições judiciais passando pelo assédio online, violência física e ameaças de morte até assassinatos.
O Brasil é o segundo país da América Latina que mais mata jornalistas, ficando atrás apenas do México. Entre 1995 e 2018, foram 64 comunicadores/as assassinados/as. Em se tratando de comunicadores/as populares, questões como a proximidade com alvos de denúncias, condições de trabalho ruins, baixa remuneração, situação legal irregular e conflitos com os poderes locais estão entre os motivos que os/as deixam ainda mais vulneráveis à violência.
Em parceria com a Embaixada dos Países Baixos, o CRIAR Brasil está promovendo uma série de ações para debater a segurança de jornalistas, especialmente a dos/as comunicadores/as populares. O projeto inclui dois treinamentos presenciais com comunicadores/as atuantes em mídias comunitárias; produtos audiovisuais; uma publicação, e; mobilização virtual.
É mais uma ação do CRIAR Brasil pela defesa da segurança na atuação jornalística, contra a impunidade e a favor da democracia.
Manual para Comunicadores
O Manual Prático para Segurança de Comunicadores/as Comunitários/as traz um conjunto de recomendações e informações para o jornalismo seguro com foco na realidade das mídias livres e comunitárias, a partir de diversos materiais nacionais e internacionais. A ideia foi organizar um manual de consulta rápida, com referências internas e dicas práticas, que sirva para o/a comunicador/a que tenha acabado de sofrer violência e precisa saber como agir. Porém, para quem quiser se aprofundar no tema há vários links para estudos, casos, leis e publicações-base. O objetivo é apoiar os/as jornalistas populares para que sigam firmes e seguros na luta por direitos e na produção de notícia para, com e pela comunidade. A realização é do CRIAR Brasil com o apoio da Embaixada do Reino dos Países Baixos. A reprodução é livre e muito bem-vinda.
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