Como informar e sensibilizar jovens em um contexto em que não há mais tanta preocupação com prevenção? Em que há certa banalização em relação ao tratamento do HIV/Aids? Como continuar falando sobre HIV/Aids em um momento de enfraquecimento e retrocesso das campanhas contra o vírus? De acordo com dados divulgados em 2020, 920 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil. O Ministério da Saúde revela que, até junho passado, a maioria dos infectados pelo HIV estava no grupo de 20 a 34 anos, com percentual de 52,7% dos casos.
A realização de um média-metragem de ficção sobre o tema do HIV/Aids foi a forma que o CRIAR Brasil encontrou para responder a essas perguntas. O filme se passa em uma TV comunitária de Recife e retrata as dificuldades de comunicadores e comunicadoras para lidar com o tema. Mas não fica por aí, durante a trama, revela-se que uma das pessoas da equipe vive com HIV/Aids, provocando diversas reflexões no grupo. A revelação surpreendente desvela uma série de preconceitos em relação às pessoas vivendo com HIV/Aids, gerando questionamentos e muitas dúvidas na equipe.
Com o título “HIV, H o quê?”, o filme está disponível no canal do YouTube do CRIAR Brasil e pode ser assistido gratuitamente. O filme está disponível em libras e com legenda descritiva.
O objetivo do projeto Microfones abertos contra a Aids é esclarecer questões que costumam ser deixadas de lado em campanhas generalistas de prevenção ao HIV/Aids. O intuito do filme e das ações do projeto é alcançar o maior número de pessoas possível, principalmente jovens, grupos vulneráveis e comunicadores/as sociais, rompendo tabus, preconceitos, alertando, sensibilizando e atualizando informações a respeito da epidemia.
Microfones abertos contra a Aids é um projeto realizado pelo CRIAR Brasil, com patrocínio do Instituto CNP Brasil e do Ministério do Turismo, através da Lei de Incentivo à Cultura, que dá continuidade e amplia o projeto de mesmo nome realizado em 2017.
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